A gente vive num cenário que exige das marcas um entendimento PROFUNDO do seu público – só assim é possível criar experiências memoráveis e construir um relacionamento com ele, né? ✨
Pra que seja possível ter esse conhecimento todo da persona, saber planejar ações que estejam relacionadas com a essência da marca e tb do consumidor, é preciso pensar fora da caixa. Ou seja, esse cenário requer novas formas de pensar e novas formas de projetar. Tendeu?
Por isso, o Design Thinking entra como uma técnica que pode auxiliar no processo de Branding e nessa conexão com o público. A estratégia vem oferecendo métodos e ferramentas expandindo nossa percepção sobre o que estamos fazendo, e as novas oportunidades de chegar aos objetivos do projeto de Branding.
Buenass, vem entender melhor nesse post!
Todos os projetos de branding encaram 3 desafios principais:
- O primeiro deles é encarar as preocupações financeiras. Um processo de Branding é longo e demorado e, geralmente, demora-se um certo tempo para ter resultados financeiros sobre o investimento aplicado.
- O segundo desafio é ter consistência, fazer com que o projeto consiga acompanhar o desenvolvimento da marca, do mercado e das tecnologias, sem deixar se tornar datado, além de estar alinhado aos objetivos estratégicos da empresa.
- O terceiro é romper um ambiente saturado de informação e conseguir achar dentro do nicho as melhores alternativas de se destacar. Usar a mesma comunicação dentro do mesmo segmento não faz com que a marca se torne memorável. Por isso, ter um posicionamento claro é essencial para tomar decisões estratégicas e criativas no processo.
Como um processo completo e complexo, exigindo conhecimentos de diversas áreas, o processo de branding pode ser long e deve ser cíclico, não tem um final, assim como a marca que está sendo trabalhada não almeja ter um fim (assim esperamos). Então anotem: branding é contínuo, não acaba!
Ou seja, vocês precisam entender que o que leva uma marca a ser forte, consolidada e queridona é o seu processo de criação e gestão realizado corretamente, seguindo suas especificações – planejamento e estratégia são pontos fundamentais. E é aí que entra o Design Thinking.
Leia também: Branding – o que é e por que é fundamental pra sua marca
O que significa Design Thinking?
A primeira informação que deve ficar clara é que não é uma metodologia, e sim uma abordagem. Isso porque, quando pensamos em método, criamos a expectativa de ter às mãos uma fórmula matemática que se aplique indistintamente em qualquer situação. Não é o caso.
Significa sair do campo das ideias, da fala. Construir e testar soluções para evitar problemas na fase de implementação. OU SEJA, Design Thinking é para quem precisa de soluções.
Não é sobre rabiscar lousas brancas e se perder em meio a post-its, mas sobre revolucionar a forma de se propor soluções. Design Thinking é uma abordagem colaborativa focada na empatia com os stakeholders (público de interesse na empresa) para solucionar problemas. É uma forma de estudar as necessidades humanas para propor soluções.
A palavra design do termo “Design Thinking” refere-se ao modo de ver dos designers, encarando os problemas de modo complexo, buscando referências e conhecimentos em campos distintos do conhecimento e utilizando de ferramentas não convencionais para resolver situações e futuras questões.
Como funciona?
Sendo bem objetiva: o Design Thinking funciona como a prática da empatia para desenvolver um projeto. Você se coloca no lugar de outras pessoas para gerar soluções criativas para resolver os problemas que elas têm.
Também ajuda a identificar barreiras de usabilidade ou consumo e a criar alternativas para superá-las. Tudo isso a partir de um entendimento sobre a experiência cultural, visão de mundo e processos de vida delas.
Para que funcione e gere resultados, o Design Thinking possui quatro etapas (descobrir, definir, desenvolver e entregar) e se sustenta por 3 pilares essenciais:
- Empatia: é a etapa em que se mergulha no contexto que o público alvo está inserido. Utilizam-se de ferramentas de pesquisas etnográficas e comportamentais para conseguir coletar dados diversos e abertos sobre o público. Como rotina, hábitos, objetivos, modo de vida, de consumo. Nessa etapa vivenciar as experiências dos usuários é fundamental para se ter insights gerais. (alôô persona)
- Colaboração: na etapa de colaboração cria-se equipes multidisciplinares para agregarem diferentes conhecimentos e pontos de vista sobre as informações coletadas e descobrir juntos novas perspectivas.
- Experimentação: o momento em que começa a prototipar, selecionar as informações relevantes e definir soluções para o problema. Teste rápido, falhe e teste novamente, até chegar na melhor resposta. todo o foco do projeto é o público-final: o usuário, sua persona
Uma mistura mágica que pode ser aplicada a qualquer área de negócio, não se restringe apenas ao desenvolvimento de produtos. Serve para aumentar as vendas, conhecer sua persona, se autoconhecer enquanto marca, criar ou melhorar projetos, modelos de negócio e até produzir conteúdo encantador.
Que que minha marca e branding tem a ver com isso? Por que Design Thinking é importante?
Aplicar essa técnica na sua empresa pode te trazer vários benefícios e te colocar à frente no mercado competitivo. Primeiramente, ao buscar por inovações, você e seu time poderão encontrar com muito mais facilidade necessidades e desejos de sua persona que ainda não foram saciados e, quem sabe, ainda nem pensados.
Feito de maneira correta, o design thinking pode:
- capturar o mindset, dores e necessidades da sua persona;
- pintar um quadro real das oportunidades baseadas nessas necessidades;
- trazer novas soluções inovadoras com experimentos rápidos que geram conhecimento e ganham maior profundidade.
Exemplo: as 4 etapas do Design Thinking para usar na construção de personas
1) Imersão
Na imersão, precisamos buscar o máximo possível de informações, pesquisar, olhar dados, procurar novas perspectivas, compartilhar conhecimentos. Para iniciar, chame o grupo escolhido e apresente a ideia do projeto e o objetivo, que é a criação de personas.
Após a apresentação, peça ao grupo que durante os próximos dias observe seus clientes e anote características físicas, idade, gênero, comportamentos, profissão, escolaridade, o que ele diz, faz, pensa e sente.
Sempre que possível, aprofunde: chame alguns clientes e faça uma conversa, faça pesquisa de dados secundários (desk research) e netnografia.
2) Análise
Para analisar e sintetizar todas as informações coletadas, junte o seu grupo de trabalho e peça que coloquem as informações coletadas em cartões de insights (post-its). Ponha apenas uma informação por cartão e cole todos na parede, à vista de todos.
A partir daí, comece a buscar padrões nos post-its e agrupá-los. Faça o agrupamento tanto por repetição como por tipo de informação. Por exemplo, aproxime todos cartões que contêm profissões. Quando a mesma profissão aparecer duas ou mais vezes, aproxime-as mais ainda. Ao final teremos aglomerados visuais que permitirão ver qual profissão apareceu mais.
3) Ideação
Após o agrupamento, use a técnica chamada mapa da empatia, conforme mostra a imagem:
Em cima dos agrupamentos de características, como idade, profissão, gênero e escolaridade, defina as que mais aparecem e comece a montar sua persona.
No mapa de empatia, pegue os cartões que representam cada um dos espaços do mapa: o que pensa ou sente, o que ele escuta, o que ele vê, o que ele fala e faz, objetivos e dores. Cada mapa de empatia será uma persona.
4) Prototipagem
É hora de dar nome aos bois, literalmente. Baseado no mapa da empatia é hora de fechar nossas personas. Defina um nome, um cargo, uma idade, sua formação e escreva parágrafos com características comportamentais como:
- O que ela faz;
- Problemas que enfrenta;
- Que atividades ela realiza;
- Que tipo de informação ela consome e em quais meios;
- Como nossa empresa/produto/serviço pode ajudá-la.
Após essa prototipagem, precisamos validá-las. Busque sua nossa base clientes que tem perfil parecido com as personas desenhadas. Avalie se as suas personas estão fazendo sentido e que representam perfis extremos de usuários do nosso produto ou serviço.
Caso a validação seja negativa, podemos repetir o processo de prototipagem. Caso seja parcialmente negativa, podemos eliminar as personas inconsistente e utilizar as consistentes.
Feito todo esse processo podemos utilizar nossas personas de diferentes formas na geração de insights em projetos futuros.
Concluindo…
Gente, tá claro que o Design Thinking é pertinente ao Branding. Sua abordagem de levantamentos de dados busca visualizar todos os aspectos do universo de marca, tanto do lado da empresa quanto do público, sem deixar de se aprofundar em questões de cenário onde tá inserido e dos objetivos estratégicos que deseja alcançar.
Tornando a seleção e filtragem das informações direcionadas ao escopo do projeto e buscando tornar a marca cada vez mais forte e presente na mente da persona.
E aí, nos conta aí: você costuma usar essa abordagem nos seus projetos? Como faz?